Filho é aquele pequenino, que nos traz a sensação breve de fazer parte da nossa vida.
O colocamos na nossa frente, na janela do trem, quando estamos passando naquela curva que contorna a montanha mais alta e mais bela, no topo do mundo.
Pedimos então a ele para olhar pra frente, para deslumbrar a natureza, para entender o mundo.
Nós apreciamos a paisagem também e continuamos a vê-lo na nossa frente, e percebemos todos os detalhes das suas reações e como ele entende a natureza.
Ele, no entanto, está vendo apenas a beleza do mundo, a liberdade e não tem nada a sua frente, apenas a mãe natureza.
Quando ele olha para trás, nós chamamos a sua atenção para continuar olhando pra frente, para não se preocupar conosco, para não perder nenhum momento, nenhum detalhe, porque o contorno da montanha é curto e não teremos outra chance de mostrar a ele o que nós já vimos.
Quando a curva termina, temos a certeza que compartilhamos aquele momento único e será para sempre.
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