quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mano Platão

Sócrates: Ai cabeção, pensa nuns maluco que nasceram curintiano mas foram colocado desde pequeno num vestiário do pacaembú, no escuro, amarrado, de costas pra porta. Nunca sairam de lá. O que esses maluco vê é só as sombras na parede das coisa que passa na porta.

Ronaldo: Tô ligado dotô. Que sinistro!

Sócrates: Os maluco sabe que o curintia é o timão, e vê umas sombras de troféu, de umas mina passando, de uns vendedor de amendoim. Escuta a galera gritando gol, timão eeeooo, xingando a mãe do juiz...

Ronaldo: Jogo do timão na parada!

Sócrates: Então maluco, tu concorda que esses doido vão achar que a vida é só futebol e que o timão sempre é campeão?

Ronaldo: Com certeza! É nóis!

Sócrates: Depois de um tempão, um dos mano, na revolta daquelas sombra sinistra, se solta e consegue sair do vestiário e ai descobre que não tem só jogo do timão, que nem tudo é futebol e que a vida não é só sofrimento!

Ronaldo: Caraca, dotô! O cara se liga que tem o clube do curintia também, tem a quadra da Gaviões, carnaval e os trem pra Paranapiacaba! Tem a copa do mundo, o sub-20. Uma par de coisa diferente.

Sócrates: Tá imbecil! Tu saiu da caverna faz pouco tempo, então vou dar um desconto! Então, ta ligado que esse maluco nunca mais vai querer voltar pro vestiário e vai sentir pena dos seus companheiros? E que prefere ver jogo do XV de Piracicaba do que ter que voltar?

Ronaldo: Com certeza!

Sócrates: Por uma desgraça, tipo desilusão por perder pro palmeiras, ele volte pro vestiário. Ai depois de um tempo ele começa a ver as sombras novamente e começa a contar pros manos que lá fora não tem só essa parada, que é diferente, que tem outras coisas belas pra ver, e que o curintia até perde jogo.

Ronaldo: Até parece que os mano vão acreditar nele! Vão tirar muito sarro da cara dele e vão dizer que ele voltou meio frutinha, isso sim! E assim dotô... Se ele vier com esse papo de perder do palmeiras, eu entro lá e cubro ele de porrada!

Sócrates: Putz!

sábado, 9 de agosto de 2008

Código Livre


#define injustica int32
var esperança, perseverança: int64;
Dim liberdade as Boolean = False
Public fé As Variant = Empty
Sub Viva()
  injustica = int.parse(rnd * (2 ^ 32 - 1))
  While (injustica > 0)
  Begin
    liberdade := LUTAR(perseverança, esperança);
    If liberdade Then
      Viva()
    Else
    If (esperanca == 0) {
      fé++;
    }
    for each instante do:
      o_melhor_de_si().
    end.
  End;
End Sub


Licença de Uso: Esse código pode ser copiado e distribuído gratuitamente.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Peço sempre o mesmo

Eu sou um cara que quando gosta de um lanche, de um sabor de pizza, de uma bebida num certo lugar, sempre peço de novo quando volto lá. Não gosto de mudar depois que acho alguma coisa boa. Não sei se isso é herança genética ou é alguma coisa que a gente vai aprendendo com o tempo, com as amizades ou depois de casar.
Não lembro do pai ou da mãe serem assim, ao contrário, sempre estão procurando coisas novas pra fazer, sempre renovando as amizades e com histórias novas pra contar, então não deve ser genético.
Não lembro também de ter amigos assim ou que me influenciaram nesse sentido.
Não lembro de algum professor ter ensinado esse tipo de coisa nas aulas, nem mesmo o professor de educação moral e cívica. Argh!
Ah, minha mulher, deve ser por causa dela, porque ela sempre diz: - Tudo é culpa minha, tu sempre põe a culpa em mim! :O)
É, acho que não tem jeito mesmo.
O pessoal vai continuar me chamando de pessimista!

Bye Rismo

Lembro bem do Rismo, na época em que morava na cidade grande. Um companheiro, sempre presente nas quermesses. Era só aparecer uma rifa, uma fofoca, um cãozinho atropelado na encruzilhada, e lá estava ele, pronto para participar da história.
Se alguém quisesse saber o que estava acontecendo, bastava achar o Rismo para se atualizar das notícias. Muitas vezes, na brincadeira, chamávamos ele de "Reporter SBT - Aqui e Agora!".
Uma coisa interessante era o orgulho que ele tinha da comunidade, de morar lá, de pertencer aquele pedaço de mundo. Conhecia todos os jornaleiros, os donos das bancas das feiras, as carolas da igreja, o tio do biju e o velhinho do algodão doce. Até o noventão que fazia seu "cooper" todas as manhãs parava para se atualizar com o Rismo. Só tinha um porém, ele ficava muito irratado quando alguém falava mal do lugar que ele morava. Se o cara fosse de fora então, deus me livre!
Mas um dia ele se foi, em um acidente terrível. Estava lá, um pouco desligado do resto do mundo quando um caminhão do Wallmart o atropelou. Na confusão após o acidente, o motorista contava: - Tava lá na minha, sabe como é, olhando pra frente, né, e esse maluco atravessou de repente. Esse caminhão é bem silencioso, talvez por isso ele não tenha se ligado!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Os Simplysons

Se você algum dia ouvir alguém dizer: "Isso é bem simples", tenha certeza que não vai acabar bem. Esse cidadão não está mal intencionado, ele quis dizer apenas que é simples, mas o resultado será "É fácil", "É rápido", "É barato", "É tranquilo", "Não tem risco" e etc...
Eu já escutei isso várias vezes e convido você a perceber a cadeia de eventos gerados após uma frase desse tipo. Se tiver experiências positivas, isto é, que condizem com essa realidade, deixe seu comentário como mais uma prova da existência desses personagens.

O Sapatinho Vermelho

Se você já possou por isso algum dia, vai saber exatamente o que estou descrevendo.
Já esteve numa situação em que você foi apresentado a algo extraordinário, colocado bem na sua frente, algo de inexplicável beleza e harmonia, mas sem muito sentido imediato?
Você passa um tempo tentando digerir aquilo, sabendo que no fundo, no fundo, tem alguma coisa que não faz sentido. Então você olha a primeira vez, olha uma segunda e depois de algum tempo, tentando descobrir o que havia de realmente extraordinário você percebe que, na verdade, era apenas aquele sapatinho vermelho que chamou a sua atenção.