domingo, 27 de setembro de 2009

Sonhar é Viver

Em uma pequena cidade, uma criança se envolve em vários acidentes e sai ilesa de todos. Os pais acham estranho, mas acreditam em uma espécie de "anjo da guarda".
 
Agora a criança se tornou adulta e começa a acreditar que, de alguma forma,  tem um "poder" de não se machucar e começa a testar algumas situações de risco e acaba saindo ilesa de todas. Cansado das injustiças que assite diariamente em sua cidade, decide se tornar uma espécie de "vigilante", fazendo justiça com as próprias mãos acreditando na sua vantagem de escapar da morte.
 
Porém, todas as noites que escapa da morte tem um sonho, aonde no sonho, ao viver a mesma situação de periogo, acaba morrendo. Sempre acorda assustado por conta disso sem entender o motivo.
 
Depois de um tempo, descobre que seus sonhos eram, na verdade, um déjà vu de outro universo paralelo, onde naquele universo, o destino, de alguma forma, era "forçado" para que ele morresse e assim, no universo onde se encontra, acabava sobrevivendo, pois o caminho da morte já havia sido percorrido e não era mais uma possibilidade válida.



Essa idéia de tema para um episódio do Fringe eu escrevi para um concurso do blog do FringeLab e resultou em um segundo lugar com uma menção honrosa. =)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Xaropeta da Xeropita

Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada! 

A ingenuidade é algo bom de se ver de vez em quando. Lembra da infância, lembra da época que nóis torcia pro curintia. Lembra da época que a gente brincava de "roba bandera", "mula", "palha ou chumbo", jogava futebol na rua, subia nas árvores, brigava com a turma da rua de baixo, fumava cigarrinho de maracujá seco, zuava "os crente" na porta da igreja, tinha medo do Bê e do Feben, vendia geladinho na feira, descia ladeira de rolimã, sumia com a bicicleta, brincava de playmobil, explodia morteiro na caixa de correio. E o fliperama? O pastel da feira com caldo de cana? Inesquecível!

Esse é o loop da eternidade, viver na infância, com os amigos e as paixões da escola, os pais confusos, os desenhos engraçados, os carrinhos de ferro e o pé de jabuticaba. São as melhores lembranças que agora parecem eternas, paradas no tempo.

Despreocupado com o futuro, manipulado. Aprende que tem sempre que levar vantagem, que precisa viver do "jeitinho". A escola não ensina, a rua empurra ladeira abaixo. Salvo pela humilde, traído pela passionalidade. Mas vai ser parte da maioria, vai ver seu semelhante a cada esquina.

Um salve para miséria. Outro salve para a alegria.